como surgiu a paroquia

8
Matriz Nossa Senhora da Soledade Origem da paróquia Fonte: http://www.soledadeitajuba.com.br/origem.htm O Pároco da Freguesia de Nossa Senhora da Soledade de Itajubá (atual cidade de Delfim Moreira), Padre Lourenço da Costa Moreira, resolveu fundar uma nova cidade em outro lugar, visto que a Freguesia estava num grande marasmo e desânimo. Convidou as pessoas para que o acompanhassem na procura de novas paragens, onde começaria uma Nova Itajubá. Umas oitenta pessoas aceitaram a convocação do Padre Lourenço. Na noite de 17 de março de 1819 Padre Lourenço reuniu na Matriz os fiéis que aceitaram seu convite, e a caravana partiu, junto com ele, na manhã seguinte, rumo às novas terras. Chegando a noite acamparam. Logo de manhã do dia seguinte viram que não era preciso prosseguir a viagem. O local era muito bom e bonito. Armaram um altar e o Padre Lourenço celebrou a primeira missa no local. O altar foi erguido exatamente onde hoje se encontra a Matriz da Paróquia Nossa Senhora da Soledade, na atual cidade de Itajubá. Estava assim fundada a nova Itajubá. Era o dia 19 de março de 1819. Itajubá foi elevada à Paróquia no dia 27 de setembro de 1848, tendo como Padroeira Nossa Senhora da Soledade. O primeiro Pároco foi o Padre Martiniano de Oliveira Pinto Dias.

Upload: carlos

Post on 07-Jul-2016

48 views

Category:

Documents


4 download

DESCRIPTION

HISTÓRIA DE ITAJUBÁ

TRANSCRIPT

Page 1: Como Surgiu a Paroquia

Matriz Nossa Senhora da Soledade    

Origem da paróquia

Fonte: http://www.soledadeitajuba.com.br/origem.htm

O Pároco da Freguesia de Nossa Senhora da Soledade de Itajubá (atual cidade de Delfim Moreira), Padre Lourenço da Costa Moreira, resolveu fundar uma nova cidade em outro lugar, visto que a Freguesia estava num grande marasmo e desânimo. Convidou as pessoas para que o acompanhassem na procura de novas paragens, onde começaria uma Nova Itajubá. Umas oitenta pessoas aceitaram a convocação do Padre Lourenço. Na noite de 17 de março de 1819 Padre Lourenço reuniu na Matriz os fiéis que aceitaram seu convite, e a caravana partiu, junto com ele, na manhã seguinte, rumo às novas terras. Chegando a noite acamparam. Logo de manhã do dia seguinte viram que não era preciso prosseguir a viagem. O local era muito bom e bonito. Armaram um altar e o Padre Lourenço celebrou a primeira missa no local.

     O altar foi erguido exatamente onde hoje se encontra a Matriz da Paróquia Nossa Senhora da Soledade, na atual cidade de Itajubá. Estava assim fundada a nova Itajubá. Era o dia 19 de março de 1819. Itajubá foi elevada à Paróquia no dia 27 de setembro de 1848, tendo como Padroeira Nossa Senhora da Soledade.

     O primeiro Pároco foi o Padre Martiniano de Oliveira Pinto Dias.     Até 1958 a Paróquia Nossa Senhora da Soledade foi a única de Itajubá. Hoje, mãe de três Paróquias,

que partindo dela, conservam a mesma devoção a Nossa Senhora da Soledade.

Page 2: Como Surgiu a Paroquia

     A Matriz da  Soledade foi construída no outeiro da Rua Cel. Rennó. Situa-se na Praça Padre Paulo

Hartgers:  homenagem ao 1° MSC falecido repentinamente em 01/02/1933, vítima de septicemia, aqui em Itajubá, onde chegara com o Pároco Padre João Baptista Van Rooyen em Maio de 1926.

     Esta é a quinta construção (1926-1934). No seu interior, os cristãos encontram Paz, ao olharem a Mãe da Soledade no seu nicho desde 1832 abençoando a Cidade que lhe foi consagrada.    E na parte externa, no alto da torre Central, a Imagem do Cristo Jesus, com o seu dedo indicador aponta o céu, a nossa morada definitiva.

I - Fundação da Paróquia

     A cidade de Itajubá foi fundada pelo dinâmico e inteligente Pe.  Lourenço da Costa Moreira - nascido aos 15 de maio de 1778 em Portugal (São Tiago de Mouquin, do Conselho de Vila Nova do Famalicão, Arcebispado de Braga). Faleceu em 1855, com 77 anos, em Itajubá, onde foi sepultado.

     O Pe. Lourenço tinha sido nomeado pelo Bispo de São Paulo para ocupar o cargo de Vigário de Itajubá "Velho" (atual Delfim Moreira) e assumiu-a em janeiro de 1819.     Esta região começou a ser povoada no século XVIII, também por causa da busca do ouro, o que acontecia em toda a Capitania de Minas Gerais. Com o esgotamento das lavras, inicia-se a imigração para outras paragens e a formação de novos núcleos. Um deles foi surgindo cinco léguas abaixo da serra onde se situava a sede da paróquia, num local às margens do rio Sapucaí, que recebeu o nome de Boa Vista.

     Também foi doado nesse local por Francisco Alves um terreno para patrimônio da primeira igreja que ali se construísse.

     Naquele ano de 1819 foi construída uma capela sob a invocação de São José e aos poucos foi se formando em volta um povoado. O Vigário, Pé. Lourenço, visto o despovoamento da sede antiga, já estava pensando em mudar para lá a sede da Freguesia. Já era comum falar-se em "Matriz Velha" e "Matriz Nova", termo este que o próprio Bispo usou no despacho em que aprovava a nova Capela do povoado da Boa Vista do Sapucaí (16/05/1822) e já a tornava "Capela Curada" (D. Mateus de Abreu Pereira, em 4/10/1822). "Capela Nova" será a 2a designação mais conhecida para a primitiva igreja. Também aos poucos vão sendo dados à localidades os nomes de "Arraial da Boa Vista" ou "Boa Vista do Sapucahy".

     Em 1829 Pe. Lourenço decide transferir-se definitivamente para este novo arraial, para ali residir, não sem protestos dos moradores da antiga sede.

     Já em 1831 o povoado é elevado a Distrito de Paz. Uma nova igreja é erguida substituindo a primitiva capela e dedicada agora a N. Sra. da Soledade. E por decreto de 14 de julho de 1832 a sede da Freguesia é transferida para Boa Vista de Itajubá, que é constituída assim como "Paróquia de Nossa Senhora da Soledade". (A antiga Matriz passa a ser Capela Curada, com um Capelão próprio, condição em que ficou

Page 3: Como Surgiu a Paroquia

até recuperar, por novo decreto de 30/11/1842, o título de Matriz e Paróquia de "Soledade de Itajubá" - o nome de Delfim Moreira só será adotado em 1939, com a elevação a Município).

       Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, Bispo de São Paulo de 1873 a 1894, visitando as paróquias do sul de Minas, que ainda pertenciam à sua diocese, também visitou esta paróquia de Itajubá. Sentiu a falta da escritura comprovante de doação da larga faixa de terreno feita por Francisco Alves. Assim deixou ele escrito no Livro do Tombo: "Em 19 de março de 1819, festa de São José, teve lugar a celebração da primeira Missa na pequena ermida dedicada a essa invocação, cumprindo notar que, para isso, havia o finado cidadão Francisco Alves feito a doação, no lugar, do terreno necessário para o património da Igreja, que deveria mais tarde ser paroquial." (Este patrimônio existe e pertence por direito à atual Igreja paroquial sob a invocação de N. Sra. da Soledade, desde que a ermida de São José, deixando de existir, foi substituída pela Matriz ora existente.)          As divisas entre as duas paróquias só ficarão definidas a 27 de setembro de 1856, por decreto de Dom António Joaquim de Melo, bispo de São Paulo. Aos 07 de janeiro de 1859, por determinação do Bispo, o então Vigário (Pároco) de Itajubá, Pe. Guido António de Paula e Silva, faz a entrega dos Livros de Assentamentos e demais pertencentes da Paróquia da Soledade de Itajubá (Delfim Moreira) ao seu Pároco nomeado, Pe. Benedito Teixeira da Silva Pinto. Assim termina a pendência que durou 40 anos entre as duas sedes dedicadas à mesma Virgem da Soledade.

     Pe. Lourenço não viu a coroação de seus esforços nem a vitória final da cidade que fundara, cumprindo a profecia que ele ali mesmo fizera: "em breve tempo será uma das vilas de nome..." Nossa Senhora da Soledade será também a padroeira da cidade.

 

      Várias igrejas (cinco) foram se substituindo no mesmo lugar: a  2a capela foi construída em 1832; a

3a, em 1873 e  inaugurada em 16/03/1884, tendo lateralmente o campanário, cujo sino foi fundido em 1857 na cidade de Campanha-MG.  Mas, a fachada já deixava muito a desejar e assim em 1906 teve que sofrer nova reforma, sendo agora acrescentada uma torre, que abrigou o sino (o mesmo de 1857). Em 1912, o Cónego José Salomon inaugurou a 4a Matriz, erguida sob os cuidados do construtor Moisés Luigi.

     Quando a Paróquia foi entregue aos Missionários do Sagrado Coração, em 1926, Pe. João Baptista van Rooyen sentiu a necessidade de ampliar a   Matriz, um tanto pequena e em desacordo com o progresso da cidade. Reunidos os paroquianos para decidir sobre essa questão, foi-lhe dado um voto de confiança, escolhendo-o para Presidente da Comissão "pro-construção" de uma nova Matriz. O construtor que dirigiu a obra foi o Dr. Conrado Zepff.  Demolida assim totalmente a 4a Matriz, em julho de 1926, aos 15 de agosto já

Page 4: Como Surgiu a Paroquia

foi benta a pedra fundamental e, em 26 de maio de 1927, ainda com andaimes e telhas à vista, já se realizava o culto divino em seu interior. Em 1934 o 2° Pároco MSC, Pé. Arnaldo Geerts, inaugurou o nosso belíssimo templo, a 5ª  Matriz. Muitas reformas foram feitas ao longo dos anos seguintes, para a conservação e manutenção da "Casa da Senhora da Soledade". Em 1957 foram executadas em seu interior belíssimas pinturas pelo artista holandês Henk Aspersiagh, que se conservam até hoje.

     Até 08 de dezembro de 1958, era uma Paróquia só em Itajubá, quando foi criada a Paróquia de São José, desmembrada da Paróquia de N. Sra. de Soledade. Anos depois, em 25 de julho de 1988, foi desmembrada a da "Sagrada Família", situada no Bairro da Piedade e adjacências. E finalmente, em 30/01/1994, foi desmembrada a de "São Benedito", no Bairro da Varginha e adjacências.Todas as novas paróquias são frutos do trabalho abnegado de evangelização dos Missionários do Sagrado Coração de Jesus nestas sete décadas, que fizeram de nossa terra a "Cidade Eucarística e Cidade Mariana". 

II - Fatos mais importantes

     1 - O 1° fato importante é certamente o "florescimento da vida religiosa" de nossa terra, fato esse comprovado pela necessidade de desmembrá-la em quatro grandes Paróquias. Antes sob os cuidados dos Missionários do Sagrado Coração, três agora estão entregues aos Revmos. Padres Diocesanos, completas e com vida própria: São José, Sagrada Família e São Benedito.

     A Paróquia da Soledade, além da Matriz que fica no centro da cidade, no mesmo local em que Pe. Lourenço, fundador da cidade,   celebrara  sua   lª  Missa, também abrange cinco Comunidades, que também levam títulos de Nossa  Senhora: N. Sra. Aparecida, N. Sra. do Perpétuo Socorro, N. Sra. do Sagrado Coração, N. Sra. das Graças e N. Sra. da Agonia.  Acrescente-se também duas Capelas:  N. Sra. dos Remédios e N. Sra. Auxiliadora, além da Capela  da Sta. Casa, dedicada a São José. Há também as Comunidades Rurais: S. Francisco de Assis (Bairro Retiro), São José (Distrito do Rio Manso), Sta. Rita de Cássia (Bairro da Peroba), São Sebastião (Serra dos Toledos) e Sagrado Coração de Jesus (Barra).  

     2 - Fato marcante do início do século foi a chegada a Itajubá das Irmãs da Providência de Gap, em 1907. Vindo da França, em 1904, primeiro se estabeleceram em Carmo do Rio Claro, que na época ainda pertencia à recém-fundada Diocese de Pouso Alegre (hoje é da Diocese de Guaxupé). Aos 21/06/1907 vêm para Itajubá, fundando o Colégio Sagrado Coração de Jesus. Tempos depois, veio para cá também o Noviciado. A Congregação floresceu, dando possibilidade de fundar muitas casas em muitas da paróquias da diocese, e depois por outros Estados.

     3 - Como já foi dito, lembramos a chegada dos Missionários do Sagrado Coração de Jesus, em 1926, que até hoje continuam conduzindo com competência, amor e dedicação a Paróquia da Soledade. Também assumiram depois as Paróquias de Delfim Moreira e Piranguçu.

4 - A construção da atual Igreja Matriz, iniciada em 1926 e inaugurada em 1934, certamente, foi um marco para a cidade, que merece ser lembrado.

5 - Outro fato importante para a Paróquia foi a construção do "Seminário Menor dos MSC". Este "Instituto Pé. Nicolau" (IPN) tem esse nome para homenagear um santo sacerdote que aqui trabalhou e aqui veio a falecer (09/02/1950), tendo sido sepultado em Itajubá: Pé. Nicolau Ruyter.

6 - A compra do "Colégio Itajubá" de um grupo leigo, abrindo espaço importante para a educação masculina da nossa juventude católica.

7- 0 Jornal "O Sul de Minas", semanário católico e imparcial, dirigido pelos MSC, desde 1962.8 - Outros fatos que merecem ser lembrados:

- O encerramento do 5° Congresso Missionário Latino Americano em Belo Horizonte, que também encontrou eco nesta Paróquia, em solene celebração presidida por Dom João Bergese e concelebrada pelos padres MSC, Pe. Tarcísio Pereira Machado (Pároco), Pe. Luiz Bertazzi e Pe. Benedito Angelo Cortez.

- As diversas reformas efetuadas na Igreja Matriz, em Capelas e na Casa Paroquial.

Page 5: Como Surgiu a Paroquia

- Os sepultamentos em Itajubá de: Pe. Donato Hest (19/10/1983), Pe. Mário Pennock (07/01/88) e Pe. Hélio Joaquim Ribeiro Pontes, Superior Provincial dos MSC (falecido em Roma e sepultado em Itajubá (l 3/09/93).

- Diploma de "Honra ao Mérito" concedido pela Câmara Municipal de Itajubá aos abnegados MSC, pelos 70 anos de permanência e ministério sacerdotal em Itajubá.

-III - Párocos que estiveram à frente da Paróquia

- Pe. Lourenço da Costa Moreira - Vigário Colado (1821 a 1827)- Pe. Fortunato Pereira de Castro - 1827-1840- Pe. José Vicente Ferreira Braga - 1840- Pe. João Batista de Alvarenga - Interino - 1840- Pe. Joaquim José de Oliveira - 1841 -1844- Pe. José Honório da Silva - 1844-1845- Pe. Joaquim José de Oliveira - 1846- Pe. Lourenço da Costa Moreira - Pro-Pároco - 1847-1854- Pe. Pedro Celestino de Alcântara Pacheco - 1854-1857- Pe. Flamínio Alves Machado do Nascimento - Interino - 1857- Pe. Benedito Teixeira da Silva Pinto - Interino - 1857-1859- Pe. Guido António de Paula e Silva - 1859-1862- Pe. António Caetano Ribeiro - 1862-1864- Pe. Pedro José da Veiga - 1864-1866- Pe. José Luiz Coelho Pereira de Magalhães - 1866-1869- Pe. António Caetano Ribeiro - 1869-1870- Pe. Martiniano de Oliveira Pinto Dias - 1870-1890- Pe. Augusto Leão Quartim - 1890-1895- Côn. Felisberto Edmundo da Silva - Pro-Pároco - 1890-1895- Côn. António Moreira de Souza e Almeida - 1895-1898- Pe. Tertuliano Vilela de Castro - 1898-1900- Pe. José Calazans Pinheiro - 1900- Pe. Marçal Ribeiro - 1901-1910- Côn. José Salomon - 1910-1926-Em 1926 assumiu a Paróquia a Congregação dos Missionários do Sagrado Coração, sendo Párocos os

seguintes Missionários MSC:

- Pe. João Baptista van Rooyen - 1926-1934- Pe. Arnaldo Geerts - 1934-1936- Pe.JoséWilling- 1934-1947- Pe. João Paulo Agostinho Piccard - 1947-1959- Pe. Frederico Leewe - substituto- Pe. Pedro Verdumen - 1959-1960- Pe. João Paulo Agostinho Piccard - 1960-1965- Pe. Teodoro Kock - 1965-1979- Pe. Hélio Joaquim Ribeiro Pontes - interino - 1979- Pe. João José de Almeida - 1980-1983- Pe. Salvador Andreta - 1983-1985- Pe. João José de Almeida - 1985-1989- Pe. Rosário Martins de Azevedo - 1989-1991- Pe. Tiago van Tilburg - 1991 -1994- Pe. Tarcísio Pereira Machado - 1994-1996

Page 6: Como Surgiu a Paroquia

- Pe. Romeo Bortolotto - 1996-1998- Pe. João José de Almeida - Pároco atual - tomou posse em 01/02/1998.

Vigários Paroquiais: Pe. Alex Sandro Sudré, Pe. Edvaldo Rosa de Mendonça, Pe. José Aquilino Machado, Pe. Rosário Martins de Azevedo, Pe. Sebastião Xavier Peres, Pe. José Maria Pinto, Pe. Agenor José Possa, Pe. Geraldo Barbosa Mendonça, Pe. Benedito Tarcísio de Lima, Pe. João Crisóstomo Netto.

- Limites - a Paróquia N. Sra. da Soledade faz divisa dentro do Município e cidade de Itajubá com: Paróquia São José, Paróquia Sagrada Família e Paróquia São Benedito, e também com as Paróquias de Maria da Fé e Piranguçu. 

O Cemitério local é Paroquial, pertence à Paróquia da Soledade e é administrado pela mesma.