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CAPÍTULO 9 – PÁG. 104
ILUMINISMO E DESPOTISMO
CAPÍTULO 9 – PÁG. 104
HISTÓRIA – 2º ANO
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O contexto histórico do Iluminismo
DefiniçãoUma revolução cultural, porque foi um movimento que provocou mudanças profundas no pensamento e na ciência. Movimento das luzes, filosofia das luzes ou ilustração.O século XVIII é denominado século das luzes.
• O pensamento ocidental, antes tão marcado pelo misticismo religioso, conheceu a partir de século XVIII uma nova possibilidade de construção, sustentada no racionalismo.
• Os iluministas passaram a procurar no universo da razão explicações para os fenômenos do mundo físico e do mundo social.
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• Desde o século XVI, a Europa passava por múltiplas transformações.
• As grandes navegações, a Reforma Religiosa, a formação do Estado Nacional e a expansão do comércio foram aos poucos desintegrando o que restava da velha ordem feudal.
• No século XVIII, o mundo preparava-se para viver o tempo do capital e da burguesia.
• Nesse período houve grande expansão demográfica e melhor aproveitamento da riqueza produzida pelo comércio.
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• Os capitalistas investiam em avanços tecnológicos que permitiam acumular riquezas cada vez maiores.
• Foi no contexto de consolidação do universo burguês que as ideias iluministas se estruturaram.
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• Os novos modos de vida e as conquistas humanas da Época Moderna não se articulavam com a rigidez das antigas estruturas de poder político e econômico e do pensamento religioso que dominava a vida intelectual e condenava o interesse científico.
• Para buscar os novos caminhos que se colocavam como novas possibilidades, os iluministas tinham de romper com as tradições.
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• O pressuposto básico do iluminismo era a razão, e seu objetivo era encontrar a verdade.
• Até o século XVIII, a tradição e a autoridade – dois privilégios da nobreza e do clero – eram os critérios da verdade.
• O que existia há séculos (tradição) e o que era dito por alguém de prestígio (autoridade) ganhavam estatuto de verdade, mesmo que as evidências mostrassem o contrário.
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• No pensamento iluminista, um determinado pressuposto para ser considerado verdadeiro tinha de ser analisado racionalmente, e um dos caminhos para isso era a dúvida.
• Para resolver a dúvida, seriam aplicados métodos de análise que levariam ao conhecimento da realidade, ou seja, duvidando e solucionando a dúvida, acreditava-se que seria possível chegar ao conhecimento total, à verdade absoluta.
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• A dúvida como meio e desvendar a realidade foi o método utilizado pelo francês René Descartes.
• Descartes acreditava que seria possível desvendar tudo o que ainda era desconhecido; segundo ele, o caminho para chegar ao saber absoluto era duvidar da veracidade dos conhecimentos consagrados, em outras palavras, era preciso duvidar de tudo o que se conhecia.
René Descartes foi um filósofo, físico e matemático francês.É considerado o criador do plano cartesiano e o pai da filosofia moderna.
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• No século XVII, o pensamento político iniciou um questionamento a respeito da tese do direito divino dos reis e do absolutismo.
• O inglês John Locke (1631-1704) afirmava que a política deve respeitar os direitos essenciais das pessoas (como o direito à vida), porque fazem parte do estado natural, ou seja, nascem com a pessoa; como são direitos anteriores à fundação das sociedades, o Estado não pode infringi-los.
• Para Locke, os governados têm o direito de depor o governante que não respeitar os direitos inalienáveis dos indivíduos.
• Essa nova forma de entendimento do poder político contrariava o absolutismo vigente na Europa, que se caracterizava pelo desrespeito dos reis aos direitos dos súditos.
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• Voltaire [François-Marie Arouet – 1694-1778)]- Criticava incansavelmente os privilégios da nobreza, do clero e lutava contra o absolutismo, defendendo a monarquia constitucional como melhor forma de governo.
• No que diz respeito à religião, Voltaire era deísta, ou seja, acreditava que Deus estava presente na Natureza e, como nela também se encontrava o homem, Deus estava presente nele.
• Obras: Cartas Inglesas e Cândido.
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• Montesquieu [Barão de Montesquieu/Carlos Secondad (1689-1755)] – foi um severo crítico do absolutismo e do comportamento do clero católico.
• Em sua obra O Espírito das Leis, ele sistematizou a teoria da divisão de poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), esboçada anteriormente por John Locke.
• Cada um desses poderes deveria ao mesmo tempo ser independente e fiscalizar os outros.
• Para ele, a função do Estado é garantir aos cidadãos a liberdade, por meio de uma divisão equilibrada de poderes.
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A Enciclopédia• Organizada pelo matemático Jean d’ Alembert
(1717-1783) e pelo filósofo Denis Diderot (1713-1784), a Enciclopédia, composta de 35 volumes, procurava ser um quadro geral da produção científica e artística da época.
• Era prova do absolutismo que censurava a produção das luzes, e na qual os maiores pensadores iluministas colaboravam com verbetes, exaltando o culto à razão.
• Por seu caráter racionalista, em 1759, foi incluída no Índex (lista de livros censurados pela Igreja, que os católicos eram proibidos de ler).
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• Jean- Jacques Rousseau (1712 – 1778) – suas principais obras foram O Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens e O Contrato Social.
• No primeiro livro ele defendia que o homem, na sua essência, era bom e que a origem da infelicidade humana e das diferenças sociais estaria no surgimento da propriedade privada.
• Em O Contrato Social, defendeu a ideia da democracia baseada na vontade da maioria, manifestada pelo voto.
• Rousseau foi uma exceção entre os iluministas, pois criticava a burguesia e a propriedade privada.
• Por isso, sua teoria teve grande sucesso entre as camadas populares e a pequena burguesia, principalmente durante a Revolução Francesa.
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A fisiocracia• A fisiocracia (physio=natureza; kratos=poder) surgiu contra o mercantilismo e a intervenção
do Estado absolutista na economia, propondo que a economia funcionasse por si mesma, segundo suas próprias leis.
• Seu lema era “Laissez faires, laissez passer; le monde va de lui-méme” (“Deixai fazer, deixai passar, que o mundo anda por si mesmo”)
• Para os fisiocratas , a terra era a fonte de toda a riqueza.• Seus maiores expoentes foram Quesnay (1694-17740,
Turgot (1727-1781) e Gournay (1712-1759).
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• Adam Smith (1723-1790) escreveu A Riqueza das Nações, elaborando as bases do liberalismo econômico, no qual defendia um sistema econômico baseado na plena liberdade de concorrência e na lei da oferta e da procura.
• Negava ao Estado o direito de intervir diretamente na economia, reservando-lhe, entretanto, o papel de incentivador dos setores que o capital particular não tinha condições de desenvolver.
Liberalismo econômico
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• Estabelecia o trabalho, completamente livre e guiado pela natureza (o interesse pessoal), como a verdadeira fonte de riqueza da sociedade.
• Os liberais acreditavam que o trabalho era uma fonte de riqueza; portanto, quanto mais aumentava o trabalho, mais aumentava a riqueza. Por essa razão, Adam Smith defendia a intensificação da capacidade produtiva do trabalho.
• Para atingir esse objetivo, ele propunha a divisão do trabalho, ou seja, a especialização das tarefas ou o parcelamento das funções.
Liberalismo econômico
Método tradicional
Manufatura de alfinetesOperário fazia sozinho o
alfinete20 alfinetes/
dia
Divisão do trabalho
1º operário cortava o fio;2º operário o endireitava;3º operário o afinava;4º preparava a cabeça do alfinete.....
4.800 alfinetes/dia
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As principais características da doutrina econômica liberal eram:
* A ideia de que a economia se autorregula por meio de suas leis naturais;* A defesa da livre concorrência;* A liberdade cambial;* A defesa de ampla liberdade na realização dos contratos;* A defesa da propriedade privada;* O combate ao mercantilismo;* O estímulo à expansão demográfica para criar um vasto mercado de mão de obra.
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Despotismo esclarecido• Os iluministas afirmavam
que, para bem conduzir os destinos da nação, os reis deveriam ser educados por filósofos a fim de dominar o conhecimento que leva à verdade, pois só assim poderiam conduzir seus súditos à felicidade.
• Seus conhecimentos seriam o parâmetro para a educação dos súditos.
• Vários monarcas, principalmente da Europa Central, adotaram a educação e o conhecimento formulados pelo iluminismo.
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• Essa união entre um poder excessivamente centralizado e as teses iluministas foi denominada de absolutismo ilustrado ou despotismo esclarecido.
• Inicia-se a partir da segunda metade do século XVIII.• Os absolutistas ilustrados não pretendiam modificar o
Estado, mas governar de acordo com as novas ideias em vigor, justificar suas ações pela razão e não mais pelos pressupostos religiosos, acreditando que esse procedimento fortaleceria o poder.
• Os principais déspotas esclarecidos foram: José II (1780-1790), da Áustria; Catarina II (1762-1796) da Rússia; Frederico II (1712-1786), da Prússia; Marquês de Pombal (1699-1782), ministro de D. José I (1750-1777), de Portugal; e o Conde de Aranda (1718-1799), ministro de Carlos III (1716-1788), da Espanha.
Da esquerda para à direita: Catharina, a grande (Rússia), Marquês de Pombal (Portugal) e Frederico II (Prússia)
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Atividade nº 2 Capítulo 9– pág. 104
• Pág. 106 : - Compreendendo (1 a 3);• Pág. 110: - Compreendendo(1);• Pág. 111: - Compreendendo (1 a 3);• Pág. 115: • De olho na universidade: - Questão 1.
PERGUNTAS
E
RESPOSTAS